quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Do troco

E eu que por um infinito tempo
vivera sob tuas rédeas,
e não mais acreditava
que poderia ser
o que agora sou,
estou livre,
estou ao vento...

Assim como as aves,
flutuo num espaço,
antes devasso,
onde tu te fingias meu...

Sim, eu voei para um lugar
chamado longe,
e tudo é tão perfeito,
que nem por diamantes
jamais te deitarás
outra vez no meu leito...

Como na tua chegada
tu me enganaste
e me fizeste sentir
o gosto de ser amada,
na minha partida
eu te deixo o arder cruel
de uma eterna ferida.

E eu que por um infinito tempo
estive só,
estive ao vento...


(Bernardete Ribeiro - 22/02/2011)

Um comentário:

  1. Acho que encontrei um canto onde eu possa relaxar, o seu blog. Muito lindo, e extremamente acalentador...serei seguidor e divulgador. Parabéns!

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