quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sobre desertos...


E não sou mais
o grão de areia
que com outros tantos
formaram um deserto.

Sou o deserto de mim,
de minha alma,
de meu mundo,
do amor,
das pessoas,
do prazer:
sou o deserto do ser.

Por não ter
onde me esconder
é que procuro
o mais longínquo,
o mais remoto lugar.
Então,
ora me escondo,
ora apareço
e espreito,
(com cautela)
a hora,
o tempo
(certo)
de voltar.

Não...eu ainda
não estou perto.

Bernardete Ribeiro - 25/04/2012





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