Eu soube...
Nada disseste.
Nada implorei.
...
Partiste
como chegaste.
Não, não chorei...
Só pensei
na dor crua
que terás,
quando mirares
a lua
e não mais cá
estarás.
...
Eu?
Nem de mim saberei
Poderei estar
num jardim
a escrever-te cartas
que jamais lerás,
enfim.
...
Meu deserto
serão as noites
vãs.
Não mais importa
acordar contigo
nas manhãs.
...
Eu sempre soube.
(Bernardete Ribeiro - 12/12/2011)
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