quinta-feira, 3 de março de 2011

Das Cinzas

E foi assim que a fantasia
se acabou nas ruas, nos becos,
na avenida...

Tu, que pierrô foste,
imaginavas perder-te na embriaguez
da quarta-feira de cinzas...
Sonhaste com uma alegria
que jamais findaria.
Então, rompeste a avenida,
dançaste, sem colombina.
A ti, só te bastavam
confetes e serpentina.
Não tiveste o beijo nem o abraço
e, no compasso de um samba
sem rima, flutuaste num espaço
de suor, cerveja e prazer.

No fim, juntaste as tuas cinzas...

(Bernardete Ribeiro da Silva - àqueles que rompem limites no carnaval - Rio, 04/03/11)

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